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O Fado é, hoje em dia, a marca mundial da Música Portuguesa, aliado a Fátima e à Tourada. Adquirindo diversas formas e expressões, consoante seja cantado no Porto, Coimbra ou Lisboa, ele é, por direito, a expressão profunda da Alma Portuguesa. A explicação mais comummente aceite, pelo menos em relação ao Fado de Lisboa, é que ele teria nascido a partir do Cântico dos Mouros que permaneceram nos arredores da cidade mesmo após a Reconquista Cristã.
É, já, só depois de 1840, que o Fado aparece caracterizado como música popular, com um ritmo particular, chorado na Guitarra Portuguesa, desenvolvida nos âmbitos populares da cidade de Lisboa. Se a primeira fase do Fado foi popular e espontânea, num período posterior o Fado foi-se introduzindo, progressivamente, nos Salões Aristocráticos de Lisboa, onde passou a ser acompanhado com Piano e a utilizar textos literários de grandes poetas e escritores portugueses. O mais antigo |
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Fado que se conhece é o “Fado Marinheiro”, bem como o “Fado Corrido”. Nascem, depois, as desgarradas, as manifestações chorosas já presentes no Lundum. Foi em Coimbra que Luís Filipe de Almeida e Castro (nascido a 1844) e Hilário deram ao Fado um domínio literário já com alguma profundidade, despertando a atenção dos músicos portugueses e dos estrangeiros que viviam em Portugal.
Neste Concerto, fazemos uma fusão entre algumas das mais belas melodias do Fado e também da Música Popular Espanhola, principalmente do Flamengo que é conjunto de cantares e de danças espanholas muito antigas, provenientes de estirpes étnicas (como árabes, judeus, ciganos ou africanos) e que se consolidou, nos últimos 150 anos, como uma forma artística individual e diferenciada e cujas raízes são incertas, mas as suas primeiras manifestações remontam aos finais do século XVIII e que estão presente nas Canções Populares de Llorca:
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OBRAS A INTERPRETAR:
- Canción del Emperador (Luis de Narváez – séc. XVI) – instrumental
- Vocaliso (tradicional)
- Bachiana Brasileira nº 5 (Hector Villas-Lobos, Séc. XX)
- Diferencias (Luis de Narváez – séc. XVI)
- Variações Sinfónicas (tradicional castellano)
- Canções Espanholas Antigas (Garcia Llorca):
- Las Morrilas de Jaén
- Los Reyes de la Baraja
- Los Tres Moleros
- Zorongo
- Sevilhanas del Siglo XVIII
- Etc…
- PASSATEMPO – Artur Paredes (Séc. XX)
- Foi Deus (Alberto Janes)
- Naquela janela virada pr’ó mar (Tristão da Silva)
- Nem às paredes confesso (Amália Rodrigues)
- Cuidei que tinha morrido (Pedro H. Melo – Alain Oulman)
- Romagem à Lapa (Tradicional dos Estudantes)
- VARIAÇÕES (Carlos Paredes – séc. XX)
- Foi por vontade de Deus (Alfredo Marceneiro)
- Trova do Vento que Passa (Manuel Alegre, Alain Oulman)
- Gaivota (Alain Oulman, Ary dos Santos)
- Coimbra (Tradicional dos Estudantes
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